Blocos de apartamentos interditados com rachaduras começam a ser escorados em Alfenas, MG
19/11/2024
Cem moradores dos 36 apartamentos que fazem parte de prédios do 'Minha Casa, Minha Vida' precisaram sair de casa após interdição da Defesa Civil na quarta-feira (13). Prefeitura inicia escoramento de blocos em conjunto habitacional interditado em Alfenas
O processo de escoramento de dois blocos do conjunto habitacional Minha Casa, Minha Vida que apresentaram rachaduras foi iniciado pela Prefeitura de Alfenas (MG) nesta terça-feira (19). Os imóveis foram interditados na última quarta-feira (13) após o surgimento de fissuras nas paredes.
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Ao todo, 36 apartamentos do Residencial São Carlos precisaram ser fechados. Segundo a prefeitura, as rachaduras se multiplicaram e aumentaram de tamanho em um curto período e motivaram a ação.
Escoramento de blocos de apartamentos interditados devido a rachaduras é iniciado em Alfenas, MG
Defesa Civil de Alfenas
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Marcelo Lopes, o serviço de escoramento foi iniciado para permitir uma avaliação mais segura do local e garantir a estabilização da estrutura. Além disso, serão realizadas todas as avaliações necessárias para apurar possíveis responsabilidades.
Oito famílias que residiam nos blocos afetados foram removidas para o Poliesportivo Tancredo Neves e, posteriormente, abrigadas em hotéis da cidade, com custos arcados pela prefeitura.
A ação é feita pela prefeitura por meio da Defesa Civil.
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Reprodução EPTV
Interdição
Mais de 30 apartamentos foram interditados na quarta-feira (13) no bairro Jardim São Carlos, em Alfenas (MG). Eles fazem parte de dois prédios do Conjunto Habitacional Minha Casa, Minha Vida.
A Maura é uma das moradoras que precisaram sair de casa. Ela percebeu as rachaduras e já fez o alerta.
"Domingo para segunda, depois da meia-noite, deu um tremorzinho, aí no outro dia já viu as rachaduras, aí já corri atrás já. Aí eu fui lá na delegacia e eles falou que era para chamar os bombeiros. Eu chamei o bombeiro, eles veio e falou que o prédio caiu mesmo, tava ruim. Depende do abrigo, né? Um dia tinha tudo, no outro dia tinha nada", disse a dona de casa Maura Dalila Francelino dos Santos.
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Reprodução EPTV
Com essa situação de emergência, a Defesa Civil do Estado também foi acionada.
"Segundo os engenheiros, a possibilidade de entrar em colapso da edificação, então tem todo esse acompanhamento. A evolução, acompanhamento dessas trincas, a maneira preventiva, a evacuação. Então foi tomada essas medidas pelo nosso coordenador municipal de defesa civil, onde está sendo retirada essas famílias, dando todo esse apoio social", disse o agente regional da Defesa Civil, Wander Nogueira da Silva.
Na quinta-feira (14), a Defesa Civil informou que a situação havia se agravado. Cerca de 100 pessoas estavam desabrigadas ou desalojadas depois que dois prédios foram interditados.
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Reprodução EPTV
Uma empresa especializada foi contratada para fazer uma avaliação da resistência do solo. E depois da conclusão dessa etapa, será emitido um laudo com os resultados desse trabalho e só a partir daí será possível investigar quais as reais causas das rachaduras.
Uma das suspeitas é de um vazamento na tubulação da Copasa. A companhia já enviou uma equipe técnica ao local. Durante todas as etapas de análises, os prédios vão continuar interditados. Por isso, a prefeitura vai pagar o aluguel para as famílias que ainda não têm lugar para morar.
Em nota, a Copasa disse que uma perícia técnica vai avaliar se há relação entre o vazamento, que foi resolvido na última terça-feira e as rachaduras. Se for confirmado, a companhia vai tomar todas as medidas para resolver o problema.
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